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| Foto: Selim Sudheimer/Getty Images |
Após a confirmação do rebaixamento depois de 40 anos e a demissão do então técnico Florian Kohfeldt, a atenção do Werder Bremen se voltou para o técnico Markus Anfang, casamento que posteriormente não deu certo por conta de uma polêmica extra-campo.
Enquanto isso, Werner ainda estava no comando de seu clube de infância, o Holstein Kiel, tendo perdido o acesso para Bundesliga nos play-offs de 2020/21 para o FC Köln por 5 a 2 no placar agregado. Na temporada seguinte, o mau começo de temporada o fez pedir demissão após 7 jogos.
Seu novo começo em Bremen
Após o certo ter sido escrito por linhas tortas, Ole Werner e Werder Bremen se encontraram durante a temporada 21/22. E quando Werner chegou, a equipe somava 5 vitórias, 5 empates e 5 derrotas com -1 em saldo de gol, estando na segunda metade da tabela e a 12 pontos do então líder St. Pauli.
“Ele não sobrecarregou o time com novas idéias, apenas mudou as coisas de forma seletiva”, disse a lenda do Werder Bremen e atual chefe de olheiros do clube, Clemens Fritz. “Ole exala calma e clareza. E tudo funciona bem.”
Em seu começo tendo 13 jogos inciais, o saldo foi positivo com 10 vitórias, 2 empates e apenas 1 derrota - marcando gols em todas as partidas e somando 31 gols em uma média de 2,4 por jogo. Após o bom trabalho de Werner, a equipe garantiu o acesso à Bundesliga na 2ª posição com 63 pontos, ficando apenas a dois pontos do líder e campeão Schalke 04.
Início surpreendente na Bundesliga
Seja dentro ou fora de casa, o Werder Bremen de Ole Werner não costuma vender algum jogo barato. A equipe verde-branca exige muito de seu adversário, isso se comprova quando olhamos para seu início de temporada, com 12 jogos, 5 vitórias, 3 empates e 4 derrotas.
Este retrospecto para uma equipe recém-chegada da segunda divisão, não está nada mau, o que se torna uma prova da qualidade do trabalho que seu técnico, Ole Werner, faz tendo em mãos um elenco que vale apenas mais do que Schalke e Bochum.
Sem dúvida, os duelos contra Borussia Dortmund e Borussia Mönchengladbach, foram os grandes jogos desta equipe até o momento. E apesar de peculiaridades nesses dois jogos, um mecanismo que o Werder usou para construir suas vantagens foi o mesmo: explorar desvantagens que seus adversários criavam à si próprios.
No frame acima, podemos ver como o habitual 5-3-2 de Ole Werner se porta ao pressionar o adversário, com uma marcação extremamente ajustada entre atacantes, meio-campo e alas, para que Yann Sommer não tenha alguma opção de passe fácil disponível. Um destaque nesse modelo de pressão é Mitchell Weiser, o lateral-direito, que tem sido extremamente competente ao atacar de forma agressiva e recuperar bolas em áreas/momentos de perigo.
Outro mérito de Ole Werner é ter conseguido estabelecer um sistema de jogo com a possibilidade de padrões e variações na forma de criar chances, mesmo sem ter jogadores de "classe mundial" em seu elenco.
Usando como segundo exemplo a partida contra o Borussia Dortmund, o Bremen novamente é capaz de se adaptar ao adversário. Mesmo após por começar perdendo por 2 a 0, a equipe não se entregou e foi buscar o resultado com a virada por 3 a 2 dentro dos minutos finais.
Partida que ficou extremamente marcado pelo 4-4-2 defensivo em que o BVB se propôs a fazer. E isso fez com que a posse de bola do Bremen subisse de 40% para 59%, permitindo ao time de Ole Werner atacar o Dortmund com passes mais curtos, para quebrar a formação defensiva compacta, porém aberta por fora da equipe de Edin Terzić. E foi assim que a virada de Bremen foi construída.
Niclas Füllkrug e Marvin Ducksch: lideranças do Werder Bremen
O funcionamento da dupla Niclas Füllkrug e Marvin Ducksch é o grande aspecto ofensivo deste Werder Bremen. Ambos já se destacaram na última temporada com 40 gols e 15 assistências somadas na 2. Bundesliga, sendo peças fundamentais para o acesso.
Já na Bundesliga, a dupla continua a ter sucesso, principalmente se falarmos de Niclas Füllkrug, um dos artilheiros da competição.
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| Foto: Christof Koepsel/Getty Images |
“É importante ter dois jogadores que podem fazer um grande avanço em jogos tão difíceis. Eles trabalham muito bem juntos, se entendem como uma equipe. Não há papel para o egoísmo”, disse Ole Werner sobre a sua dupla de ataque, após a confirmação do acesso contra o Hansa Rostock.
Conclusão
Ole Werner é um dos técnicos mais promissores não apenas em território alemão, mas também na Europa. O que já tinha demonstrado de bom ao comandar o Holstein Kiel, se estabelece em seu trabalho no Werder Bremen.
E vale a pena ficar de olho nessa outra revelação em que o futebol alemão nos proporcionou.
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| Foto: Martin Rose/Getty Images |
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