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Hertha BSC e suas dificuldades em organização ofensiva

Apesar de alguns bons resultados, o Hertha desde a saída de Pál Dárdai, o BSC não conseguiu ter trabalhos estáveis e que reúnam resultados/desempenhos equilibrados. Agora, no trabalho mais "longevo", Bruno Labbadia ainda enfrenta muitas dificuldades de fazer sua equipe mais consistente em todos os momentos do jogo

Foto: Maja Hitij/Getty Images

Anunciado em 9 de abril de 2020, Bruno Labbadia, chegou com a missão de salvar o Hertha BSC do rebaixamento e cumpriu com êxito vencendo 4 dos 9 jogos restantes da última temporada. O que se esperava, nesta temporada, era uma Alte Dame menos dependente de suas individualidades no setor ofensivo, fato que não ocorreu até agora. 


Contudo, antes de apresentar problemas dentro de campo, é importante trazer o contexto extracampo. Desde a chegada de Lars Windhorst ao clube da capital, o Hertha teve bons incentivos financeiros, mas uma desordem grande de gestão. Michael Preetz, atual CEO do departamento esportivo do clube, junto com Arne Friedrich, atual diretor esportivo do BSC, têm feito um trabalho bem ruim de direcionamento de contratações no clube, com todos os atletas atendendo um perfil similar a época de trabalhos de uma filosofia mais de um jogo mais transicional. O que dificulta o desenvolvimento de um trabalho com ideias mais propositivas, objetivo de Labbadia nesta temporada. Desde 27 de junho de 2019, mais de 144 milhões de euros foram gastos - incluí-se jogadores que compõem as equipes inferiores do clube. E pouquíssimos milhões foram em atletas que de fato são compatíveis com a ideias de Bruno hoje.


Formação e variabilidade de estrutura através de determinação do lado de saída de bola e quanto ao tipo de saída:


4-2-3-1, utilizando o lado esquerdo como forte. Foto: Guilherme Monteiro. Via: Tactical Pad. 
Uso da saída longa. Foto: Guilherme Monteiro. Via: Tactical Pad. 
Uso do lado direito como forte. Foto: Guilherme Monteiro. Via: Tactical Pad

Intenção: Com o centro de campo sempre com poucos espaços, o Hertha é levado a sair jogando pelos lados do campo, para desta forma, encontrar espaços pelo centro/corredor interno (espaço entre o centro de jogo e a linha lateral), através da atração do adversário para o setor da bola, para em seguida chegar ao fundo e cruzar. Vejamos:



1ª fase de construção: em situações de organização ofensiva, com a equipe buscando sair jogando mais curto, Labbadia tem visado priorizar 4 a 5 jogadores nestas situações: 2 zagueiros (Alderete/Boyata/Torunarigha), lateral do lado da bola (Plattenhardt ou Mittelstadt e Pekarik ou Zeefuik), além de dois meio campistas (Stark/Guendouzi/Tousart) com um deles podendo atuar em uma altura do campo diferente do outro.


Saída em 4 do Hertha Berlin. Foto: Guilherme Monteiro. Via: FullMatchSports

Essa variação ocorre em prol de obter superioridade numérica no setor da bola e quebrar a primeira pressão e prosseguir a construção. Quando há uma quebra, reinicia o jogo e busca usar o lado oposto.



Mas especialmente no último terço, o Hertha tem tido dificuldade, a equipe sempre trabalha com a situação de igualdade ou inferioridade numérica nos lados do campo, o que gera, uma "dependência" de individualidades da equipe, para definir os lances, e por definição, entende-se neste caso, o bom cruzamento para Córdoba. 



Ainda que tenha o 5° melhor ataque da liga, o Hertha necessita evoluir em aspectos de organização e construção, para não apenas evoluir em matéria tática, como também, em equilíbrio dos aspectos desempenho de todos os momentos do jogo, gerando resultados mais consistentes, solidificando alguma melhora. Estamos no início do campeonato, e o trabalho no sétimo mês, no entanto, já poderia ter apresentado algo superior a isto. 


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