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Guia da Frauen-Bundesliga 2024/25

Troféu da Frauen-Bundesliga (DFB)

A Frauen-Bundesliga 2024/25 começou na última sexta-feira (29) e promete ser mais uma temporada agitada. Esta, que marcará a 35ª edição da liga, será a última com 12 equipes. A partir de 2025/26, haverá 14 participantes - devido a mudança, excepcionalmente, somente o último colocado descenderá a 2. Frauen-Bundesliga. 

O campeonato será transmitido gratuitamente pela DAZN no Brasil, com narração e comentários em inglês. Será possível acompanhar quatro jogos por rodada via app e site do serviço de streaming.
EQUIPES PARTICIPANTES 

- FC Bayern: 27ª participação
- VfL Wolfsburg: 33ª participação
- Eintracht Frankfurt: 35ª participação
- SGS Essen: 21ª participação
- TSG Hoffenheim: 12ª participação
- Bayer Leverkusen: 18ª participação
- Werder Bremen: 8ª participação
- RB Leipzig: 2ª participação
- SC Freiburg: 24ª participação
- FC Köln: 22ª participação
- Turbine Potsdam: 30ª participação
- Carl Zeiss Jena: 14ª participação


BRASILEIRAS NA DISPUTA

Com o retorno da lateral-direita Letícia Santos ao futebol brasileiro para defender as cores do Corinthians, a zagueira Tainara Silva, do FC Bayern, passa a ser a única representante brasileira no Campeonato Alemão Feminino.

Bicampeã da competição pela equipe bávara, a defensora, no entanto, está ausente dos gramados há varios meses por "razões pessoais" sem uma previsão de retorno para jogadora.

DISPUTA PELO TÍTULO

Se nenhuma "anormalidade" ocorrer, novamente a corrida pelo título será entre as duas principais equipes do futebol feminino alemão nos últimos anos: FC Bayern e VfL Wolfsburg.

Consolidando seu projeto cada vez mais, o time de Munique entra como principal candidato a conquista do certame, enquanto o Wolfsburg estará as espreitas aguardando algum mínimo tropeço para abocanhar mais um título da Die Liga.

Campeão em três das últimas cinco edições, o FC Bayern não apostou tanto no mercado de verão como fizera há um ano, mas foi certeiro em seus movimentos, garantindo a permanência da zagueira Linda Sembrant, tão importante na segunda metade da última temporada, e adquirindo Lena Oberdorf e Ena Mahmutovic, duas das principais joias do futebol alemão. Uma pena que Oberdorf, principal reforço, tenha se lesionado a serviço da Seleção Alemã e provavelmente vá perder toda a temporada.

Tão dominantes na última década, as Lobas do VfL vêem seu posto de soberanas ameaçado em meio ao crescimento do FCB na modalidade. Com as saídas de jogadoras que foram fundamentais na afirmação das alviverdes no cenário, o Wolfsburg passa por uma reconstrução e seu futuro é uma incógnita, uma vez que muitas de suas atletas estão em reta final de contrato e até mesmo o treinador Tommy Stroot já tem data para sair: junho de 2025 – que diga-se, com atraso.

Apesar do dinheiro em caixa após as vendas de Oberdorf para o Bayern e Ewa Pajor para o Barcelona, o clube não apostou em nenhum grande nome e a tendência é de maiores dificuldades para se encontrar na temporada.

Jogadoras do FC Bayern comemoram o título da Frauen-Bundesliga 2023/24 (Christian Kaspar-Bartke/Getty Images for DFB)

DISPUTA POR LIGA DOS CAMPEÕES 

Assim como a disputa pela Meisterschale, a briga pela terceira vaga na Liga dos Campeões Feminina deve ter figuras repetidas como protagonistas: Eintracht Frankfurt e Hoffenheim

Outra vez, a SGE larga na pole position pela vaga nas fases preliminares da UWCL. Sem nenhuma baixa relevante, as Águias mantiveram sua base e foram certeiras para reforçar o seu elenco, com as contratações da volante Elisa Senss e da lateral/ala-esquerda Nina Luhrssen, destaques da última Frauen-Bundesliga, além da permanência da lateral-direita Pia-Shopie Wolter, emprestada pelo Wolfsburg em 2023/24.

O Hoffenheim, por outro lado, passa por uma reformulação em meio a saída de jogadoras importantes como Paulina Krumbiegel, Sarai Linder e Nicole Billa, nove contratações e a troca de técnico. 

Comandado pelo multicampeão Stephan Lerch no último um ano e meio, o Kraichgauer terá um novo treinador: Theodoros Dedes. O jovem de 34 anos será o responsável por liderar a jovem equipe do TSG e tentar buscar novamente um lugar na UWCL, cuja participação escapou entre os dedos nas duas últimas temporadas. Por sua vez, Lerch se dedicará somente a função de diretor esportivo, a qual conciliou com a de treinador no último ano.

Jogadoras do Eintracht Frankfurt e do Hoffenheim disputam a bola durante partida da Frauen-Bundesliga 2023/24 (Simon Hofmann/Getty Images for DFB)

POTENCIAIS SURPRESAS

SGS ESSEN: Quarto colocado na edição anterior, a jovem equipe do SGS Essen foi a sensação da competição, obtendo seu melhor resultado em 20 anos na liga, terminando a frente de times mais "badalados" como Hoffenheim e Bayer Leverkusen.

Conhecido por seu excelente trabalho na formação e maturação de atletas, o SGS é, junto ao Turbine Potsdam, as únicas "equipes independentes" desta Frauen-Bundesliga – isto é, times sem departamento de futebol masculino.

Tendo apostado em cinco novos nomes de até 22 anos na janela e sem nenhuma saída relevante, a expectativa é que as Lilla-Weiss possam se manter entre as seis melhores equipes do torneio e, quem sabe, ameaçando novamente na briga pelo terceiro lugar.

Jogadoras do SGS Essen comemoram gol marcado durante partida da Frauen-Bundesliga 2023/24 (Mika Volkmann/Getty Images for DFB)

BAYER LEVERKUSEN: Sem sua principal jogadora e capitã Elisa Senss, negociada com o Eintracht Frankfurt, e com a troca de treinador, será interessante ver como se portará o Bayer Leverkusen nesta edição da Frauen-Bundesliga. 

De jovens talentos, a equipe dos farmacêuticos é sempre apontada como candidata a surpreender, mas têm sofrido demais em determinandos momentos dentro da competição nos últimos anos, apresentando uma inconsistência que tem impedido que o clube se firme no top cinco. 

O Werkself terá na islandesa Karolina Vilhjalmsdottir o seu principal alento outra vez. A meio-campista, emprestada pelo FC Bayern por mais um ano, terá a missão de liderar mais uma vez o setor ofensivo das Aspirinas, que precisará de uma nova goleadora com a saída da polonesa Nikola Karczewska, emprestada pelo Tottenham no último ano.

Julia Jorde e Karolina Vilhjalmsdottir durante partida pelo Bayer Leverkusen (IMAGO/Newspix)

RB LEIPZIG: Buscando afirmar-se no futebol feminino, o RB Leipzig entra para sua segunda participação na Frauen-Bundesliga olhando para primeira metade da tabela. Sendo mais uma equipe com novo treinador, o Leipzig vêm de um primeiro semestre de 2024 fortíssimo, o qual assegurou a manutenção na elite, terminando na oitava colocação. 

De elenco jovem, o RB possui um projeto claro que é estar nas cabeças em pouco tempo. Contando com os gols da joia Vanessa Fudalla, não seria estranho ver o Touro da Red Bull criar asas e terminar entre os seis melhores times do campeonato.

Vanessa Fudalla comemora gol marcado pelo RB Leipzig durante a temporada 2023/24 (Divulgação/RB Leipzig)

MEIO DA TABELA

WERDER BREMEN: Sétimo colocado na edição anterior, o Werder Bremen perdeu algumas de suas principais peças, como Nina Luhrssen e Chiara Hahn, que rumaram a Eintracht Frankfurt e Hoffenheim respectivamente.

O time alviverde tem se desenvolvido cada vez mais e a luta contra o rebaixamento tem se tornado uma realidade distante, firmando-se como um time de meio de tabela. Para 2024/25, com apenas a pior equipe do campeonato sendo relegada, o Werder tende a não ter sofrer sustos, contudo todo cuidado é pouco, uma vez que as lesões têm sido um problema, tirando da temporada nomes como Sharon Beck e Verena Wieder, atacantes recém-contratadas, além de sua principal goleadora Sophie Weidauer, machucada desde a reta final do último campeonato.

Jogadoras do Werder Bremen comemoram gol marcado durante partida da pré-temporada (IMAGO/foto2press)

SC FREIBURG: De elenco modesto, sem sua treinadora Theresa Merk - em licença maternidade - e a artilheira Hasret Kayicki (ACL rompido), a tendência é que o Freiburg tenha dificuldades, especialmente no início, mas não chegue a de fato brigar contra o rebaixamento.

A esperança do Breisgauer é de que a jovem Cora Zicai possa se afirmar e ser o refúgio de seu ataque, garantindo os pontos necessários para permanência por mais um ano sem sustos.

Jogadoras do SC Freiburg comemoram gol marcado durante partida da pré-temporada (Divulgação/SC Freiburg)

FC KÖLN: Flertando com o rebaixamento ano a ano, o FC Köln se reforçou bem, apostando em nomes consolidados que já conhecem a liga e devem agregar muito ao elenco. A expectativa do effzeh é de passar distante do fantasma da degola com a mudança no regulamento, mas os olhos têm de se manter abertos.

Entre os sete reforços acertados, estão Nicole Billa e Laura Feiersinger, referências em Hoffenheim e Eintracht Frankfurt por muitos anos. Embora não sejam mais nomes em alta, ambas reúnem vasta experiência e certamente serão fundamentais na campanha do time do Rio Reno. 

Jogadoras do FC Köln comemoram gol marcado durante partida da Frauen-Bundesliga 2023/24 (Jürgen Schwarz/Getty Images)

BRIGA PELO REBAIXAMENTO

Com só uma "vaga" a ser disputada para segundona, o desenrolar da competição deve trazer uma briga incessante entre os dois recém-promovidos Turbine Potsdam e Carl Zeiss Jena.

TURBINE POTSDAM: Seis vezes campeão alemão, o Turbine foi rebaixado pela primeira vez em sua história na temporada retrasada, mas logo tornou ao primeiro escalão e agora buscará se manter no topo outra vez.

Campeão da 2. Frauen-Bundesliga, o Potsdam entra para disputa da primeira divisão com a mesma base do elenco do acesso. O que preocupa mesmo é o setor ofensivo da equipe de Brandemburgo, que na última temporada marcou apenas 37 gols na 2. Frauen-Bundesliga, sendo somente o sétimo melhor ataque da competição. 

As esperanças de gols (e pontos) das Turbinen estarão depositadas em dois nomes: Kim Schneider e Kornelia Grosicka. Contratada em janeiro, Schneider, de 21 anos, foi a artilheira do time com sete gols marcados em 12 jogos disputados na segunda metade da temporada passada, mesmo por muitas vezes jogando fora de posição.

Jogadoras do Turbine Potsdam comemoram o titulo da 2. Frauen-Bundesliga 2023/24 (Leonhard Simon/Getty Images for DFB)

CARL ZEISS JENA: Retornando à elite após duas temporadas, a expectativa é de que o Jena possa fazer uma campanha digna, superando ao menos àquela que resultou na queda como lanterna – cinco pontos em 22 jogos e 88 gols sofridos (!). 

Equipe de melhor ataque da última 2. Frauen-Bundesliga com 58 gols marcados, assim como o Potsdam o Jena optou pela manutenção de seu núcleo, fazendo apenas adições pontuais. 

Tal como seu principal concorrente, a equipe da Turingia têm suas esperanças depositadas em algumas jogadoras em específico, como Jasmin Janning embaixo das traves e Luca Birkholz na pequena área para garantir seus triunfos.

Jogadoras do Carl Zeiss Jena comemoram o acesso para primeira divisão (Divulgação/Carl Zeiss Jena)

Com a suspensão do X, antigo Twitter, o Fussball Brasil está ativo nas redes sociais InstagramThreads Bluesky, contamos com o seu apoio e sempre trabalhamos duro para entregar um conteúdo autêntico e de qualidade para a comunidade do futebol alemão no Brasil. 

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1 Comentários

  1. Na verdade não há jogadoras brasileiras na Bundesliga Feminina, já que Taynara está desaparecida desde o início do ano e ninguém tem informações do seu paradeiro.

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