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Sendo cada vez mais conhecido por causas ativistas, Goretzka se torna um exemplo dentro e fora de campo

"Sem futebol para os fascistas". (Foto/Reprodução: twitter/leongoretzka_)

Principalmente a partir de 2020, Leon Goretzka se tornou um dos jogadores mais politizados do mundo. Com posicionamentos contra o racismo e o fascismo, Goretzka mostra que futebol e politica podem se misturar.

Toda a sua vontade de começar a se conscientizar e ter algum posicionamento foi despertada após um torcedor sérvio ofender Sané e Gündoğan. "Tenho que admitir que o racismo não era um tema importante pra mim há muito tempo. Havia migrantes na escola que eu frequentava. Achava que preconceito era coisa do passado, até assistir um vídeo de um jogo contra a Sérvia em março de 2019, quando um torcedor insultou Sané e Gündoğan por motivos raciais. O que mais me chocou foi que, além do corajoso jornalista que filmou este vídeo, nenhuma das pessoas sentadas ao lado fizeram nada. Então, no dia seguinte, me concentrei nesse tópico na coletiva de imprensa. Foi assim que formei uma posição clara e precisa sobre esse assunto", disse Goretzka em entrevista para a DB.

Apoio ao grupo LGBTQIA+

Além de debater sobre o racismo e fascismo, Goretzka também dá bastante incentivo para os atletas homossexuais se abrirem e "saírem do armário". Ele participou da campanha 11freunde junto com mais de 800 jogadore(a)s para incentivar essa causa. "Achei a campanha ótima e fiquei muito feliz com a resposta positiva. Se houver uma repetição da campanha, posso muito bem imaginar que a seleção alemã, ou eu, como pessoa, participe", disse Goretzka.

Ele completou: "Eu encorajaria a todos a “sairem do armário” e assegurar-lhes meu apoio mas entenderia se eles optarem por não fazê-lo. Minha esperança é que os jogadores também se declarem enquanto eu ainda estiver jogando. E tenho certeza de que os torcedores, apesar de todas as complicações, lidariam com o assunto muito mais naturalmente do que às vezes pensamos. Quando se trata dessas questões, nossa sociedade costuma ser muito mais avançada do que o esporte."

Algum tempo depois dessa entrevista, outro ato de Goretzka ficou marcado. No jogo contra a Hungria pela EURO, Goretzka marcou o então gol de empate e da classificação dos alemães e comemorou fazendo um coração em direção aos ultras húngaros.


Goretzka após marcar o gol de empate da Alemanha que acabou eliminando a Hungria. (Foto: UEFA/Divulgação)

AfD

 Sem dúvidas um dos principais assuntos quando se trata do Goretzka é a AfD (Alternativa para a Alemanha). No início da pandemia, o partido da extrema-direita alemã costumava a incitar a população contra as medidas preventivas para evitar o contágio do Corona Vírus. "A crise da Covid-19 tornou muito mais óbvio que tipo de partido é esse. Para mim, não é uma alternativa, mas uma vergonha para a Alemanha", disse Goretzka.

 Logo depois da sua declaração, Goretzka foi respondido por Malte Kaufmann, político da AfD, que disse que ele devia “calar a boquinha e jogar futebol”. Goretzka relatou até já ter sofrido ameaças por membros e apoiadores da AfD, incluindo torcedores do próprio Bayern.

 Recentemente, após a vitória da Alemanha contra Liechtenstein, por 2 a 0, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Goretzka aproveitou mais uma vez para falar sobre o partido neo-nazista. "Quero falar claramente a todos que irão votar: todo voto em um partido democrático é um voto contra a AfD", disse Goretzka.

Ele se refere à eleição federal alemã, que acontece no próximo dia 26. Ela definirá a composição do Bundestag, o parlamento, e o novo chanceler.

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