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Crise dos mineiros de David Wagner

David Wagner foi encarregado de levar o Schalke a uma temporada de maior conforto. Mas vem passando por maus bocados e num recorte recente, são 7 rodadas sem vencer na Bundesliga e a eliminação para o Bayern de Munique na Copa da Alemanha. Acumulo de desempenhos ruins e uma torcida descontente. 

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Coletiva de David Wagner pós empate em casa contra o Hoffenheim por 1 a 1. Fonte: Twitter oficial do Schalke 04 nos EUA.
A grande derrocada tem seu início no dia 25 de janeiro com a derrota por 5x0 contra o Bayern. Vimos a partir daquela partida um claro objetivo de Wagner em tentar trazer mais aditivos a sua ideia de jogo direto. Anteriormente pautada em uma equipe marcando em bloco médio, e que apostava nas subidas de Caligiuri e Kenny. Mas também, na individualidade de Harit e ataques de espaço de Serdar para oferecer perigo a seus adversários. Mas que a partir dali. Buscou ser uma equipe agressiva sem bola e apostar mais nas bolas longas, visando a vitória pessoal de Gregoristch na 1ª bola somado as aproximações e ultrapassagens de Matondo/Raman e dos meias, especialmente Harit para chegar ao campo ofensivo. A chegada de Gregoritsch ao Schalke, fez com que Wagner preconizasse uma evolução nas jogadas de disputa de 1ª e 2ª bola da equipe azul. Já que, Burgstaller não faz boa temporada e Raman apesar de ter feito uma boa metade final de temporada não tem características propícias para a potencialização dessa ideia. A 1ª impressão do austríaco foi muito positiva, com 1 assistencia e um gol diante do Gladbach. Além do desempenho nos duelos aéreos, com 6 vitórias pessoais nas jogadas pelo alto. Com esta atuação de gala, o austríaco se credenciou para ser o grande nome da equipe no 2º turno da Bundesliga. Mas as lesões de Caligiuri, Serdar e Mascarell, são fatores fundamentais para a queda de produtividade de Gregoritsch e da equipe como um todo.

Wagner apostou numa mudança de formação para trazer soluções a equipe, mas que até aqui se mostrou ineficaz e para piorar acumula novos problemas de ordem tática, com a perda da solidez defensiva. O Schalke anteriormente montado no 4-2-3-1, com Nubel; Kenny, Kabak, Nastasic, Oczipka; Mascarell, McKennie; Caligiuri, Serdar, Harit; Raman. Agora num 4-3-1-2 com muita dependencia das inversões e bolas em profundidade de Todibo/Kabak/Mascarell para a disputa de 1ª e 2ª bola gerando o jogo ofensivo da equipe. 

Seria um pouco mais reconfortante para os torcedores dos Azuis Reais se a equipe ao menos tivesse uma estabilidade defensiva, mas com a alteração de comportamento e mudança de formação (4-4-2 em linha, para o 4-3-1-2 em diamante), fez com que a equipe perdesse também sua solidez defensiva. Com 15 gols sofridos nos últimos jogos da Bundesliga, a equipe saiu de uma equipe que marcava em bloco médio com muita pressão na bola a partir do meio campo, para uma equipe de marcação em bloco alto. Portanto mais próximo a área de defesa de seu adversário, buscando recuperar prontamente a bola e percorrer poucos metros até o gol. Entretanto, a troca não surtiu o efeito esperado e foi além. Fez com que a equipe perdesse a compactação defensiva, com as sucessivas saídas de pressão de seus adversários, devido a um espaçamento entre os jogadores, como também a qualidade individual dos jogadores adversários.

A pausa devido ao coronavírus vem em boa hora para o Schalke. É momento de reflexões para David Wagner para fincar o insucesso, ou promover as mudanças necessárias para o resurgimento da equipe na liga.  

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