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A Seleção Alemã e os primeiros amistosos pré-Copa



Por Fernando Lourenço e João Paulo Zettermann


A primeira data FIFA de 2018 foi marcada por diversos confrontos entre grandes potências do futebol. Argentina x Itália e Inglaterra x Holanda foram partidas que com certeza atraíram a atenção dos fanáticos pelo bom futebol, mas nenhuma delas atraiu tantos olhares nesta primeira etapa de amistosos quanto Alemanha x Espanha.


A partida jogada em Düsseldorf colocou frente a frente os dois últimos campeões do mundo e não deixou nada à desejar para aqueles que possuíam alguma expectativa em relação ao que podia acontecer. Mesmo sem Manuel Neuer, Marco Reus e Mario Götze, a Alemanha entrou em campo pela primeira vez com a sua nova camisa reserva e com praticamente seu time principal, com ter Stegen, Kimmich, Hummels, Boateng, Hector, Khedira, Kroos, Müller, Özil, Draxler e Werner.

(Foto/Reprodução: Mercedes-Benz Fussball)
O jogo começou com um amplo domínio espanhol, que com seus conhecidos passes e com uma boa movimentação de seus jogadores, desestabilizou a defesa alemã e chegou ao gol logo aos cinco minutos de jogo. O brasileiro naturalizado espanhol, Rodrigo, se aproveitou de uma distração do zagueiro Hummels e correu por trás do alemão para receber uma bola magistralmente enfiada pelo Iniesta e tocou na saída do Ter Stegen. Após abrir o placar, a seleção espanhola mostrou personalidade, não tirou o pé e continuou pressionando os alemães em seu campo de defesa e só não conseguiram aumentar o placar por que justamente o último passe não encaixava. A única chance alemã que levou perigo ao gol espanhol nos primeiros 30 minutos de jogo foi em um arremate que Timo Werner, impedido, deu e que passou perto da trave espanhola.

Após meia hora de domínio da Fúria Roja, como é conhecida a Espanha, Kroos e Khedira começaram a aparecer mais e a distribuir melhor o jogo alemão e o resultado foi um belo gol do Thomas Müller. Após boa triangulação germânica, Kroos recebeu de Özil e tocou para Khedira, que passou a bola para Müller, que livre na intermediária, acertou um belo chute indefensável no gol defendido por De Gea e deu números finais ao placar, empatando a partida em 1x1.



O time teutônico ainda pressionou mais a Espanha no final do primeiro tempo, mas não conseguiu ampliar o placar.  Ao voltarem do intervalo, ambas as seleções levaram perigo às metas rivais e embora os espanhóis jogassem visando maior posse de bola, os alemães entravam em velocidade pelas costas da zaga e logo quase desempataram a partida com um bom chute de Werner e com uma bola na trave após boa cabeçada de Hummels. Depois dos vinte minutos do 2º tempo, o jogo esfriou e a Espanha quase tomou a frente no placar novamente após erro de Hector, que perdeu a bola para Diego Costa e que só não viu o pior acontecer graças à boa intervenção de Boateng. Mario Gómez, Sané e Goretzka ainda entraram na partida, mas não fizeram muita coisa.

A Alemanha, apesar de ter um time muito bom no papel, sofreu por que bons jogadores como Özil, Werner e Boateng não jogaram nas suas melhores formas e por ter demorado a entrar no jogo. Se a Espanha tivesse aproveitado melhor o começo do primeiro tempo, poderia ter matado a partida antes mesmo do intervalo. 

(Foto/Reprodução: DFB Team)

Três dias depois, a Alemanha enfrentou o Brasil, em Berlim. Com um time muito modificado (Ter Stegen, Hummels, Hector, Khedira, Özil e Müller foram poupados e não jogaram) e diversos testes, a equipe de Joachim Löw sucumbiu ao jogo coletivo dos comandados de Tite.

O primeiro tempo do amistoso foi bem disputado e igual. A Alemanha teve uma boa posse de bola e usou cruzamentos para acionar o centroavante Mario Goméz. Destaque negativo foi a atuação de Leroy Sané, que novamente decepcionou com a camisa da seleção nacional e não conseguiu levar vantagem sobre Daniel Alves.

Na reta final da primeira etapa, o Brasil se aproveitou de um ataque pelo lado direto e saiu na frente com Gabriel Jesus, se aproveitando de falha do goleiro Kevin Trapp, que espalmou a bola para dentro do gol. O atacante brasileiro havia perdido uma chance incrível minutos antes, quando cara a cara com Trapp chutou por cima da meta.



No segundo tempo, Löw usou o amistoso para dar tempo de jogo para jogadores como Sandro Wagner, Julian Brandt e Lars Stindl. Dominada nos primeiros minutos, a Alemanha cresceu na reta final do jogo, pressionando o Brasil e cercando a área do rival, porém sem criar uma oportunidade clara de gol. O goleiro Alisson precisou fazer boas intervenções para evitar o empate do time da casa.

A derrota para o Brasil mostrou que o técnico Joachim Löw vai ter dificuldades se apostar em um centroavante mais pesado no ataque, já que Mario Gómez e Sandro Wagner não parecem ter condições de contribuir com o time. Werner ou Müller devem ser as opções para o Mundial. Brandt, Stindl e Goretzka também não aproveitaram suas chances para confirmar a vaga na convocação final. Com isso, atletas como Marco Reus, Mário Götze e André Schürrle seguem com esperanças de entrar na lista final.

(Foto/Reprodução: Mercedes-Benz Fussball)

Um teste para o time titular contra a Espanha e outro para o elenco contra o Brasil. Mesmo sem vitórias, a Alemanha sai com algumas respostas interessantes da data FIFA. Agora tudo é Copa do Mundo. 


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