Com 28 anos e 96 jogos pela seleção belga, Axel Witsel é um dos
jogadores que fez parte da chamada de “ótima geração belga”, mas até ser
contratado pelo Borussia Dortmund, não havia tido a chance de atuar em uma das
quatro principais ligas da Europa, mas não por falta de talento.
Witsel fez boa Copa pela seleção belga (foto: Reuters)
Desde muito novo, Witsel foi considerado uma pérola do futebol belga. O
jogador cresceu na cidade de Liége e na temporada 2008–2009 se sagrou campeão
belga pelo time da cidade, o Standard de Liége, e ainda foi eleito o
futebolista do ano de 2008, quando tinha apenas 19 anos de idade. As coisas iam
muito bem para o volante, até o fatídico dia 30 de Agosto de 2009:
Em uma dura dividida com o zagueiro Marcin Wasilewski, do Anderlecht,
Witsel quebrou a perna do oponente, foi expulso da partida e viu o país todo se
voltar contra ele. Na época, a mídia belga inclusive chegou a afirmar que o
jovem havia perdido a sua reputação e a sua classe e o taxou de “bárbaro cruel”
e “inimigo público número 1”. Após o lance, os oito jogos de suspensão que o
novo camisa 28 do Borussia pegou foram de longe a parte mais branda das
consequências enfrentadas. Em questão de pouco tempo, ele perdeu o contrato de
patrocínio que tinha com a Joma, viu a Puma declinar um futuro contrato e ainda
começou a receber ameaças de morte a ponto da casa dos seus pais ter que ser
protegida pela polícia.
Após o incidente, porém, o pai dele disse em entrevista ao jornal inglês
Guardian que todo o ocorrido o mudou completamente. Ele se sentiu muito afetado
pelas ofensas e ameaças e isso fez com que ele se fechasse e se tornasse
mentalmente mais forte e balanceado, de forma que nada mais tirasse seu foco.
Apesar de toda a rejeição, ele permaneceu na Bélgica até o ano de 2011,
quando foi contratado pelo Benfica. Lá, o técnico Jorge Jesus o utilizou de forma
mais ofensiva: primeiro como um ala e depois como um “camisa 10”. Após apenas
um ano jogando em território português, ele decidiu se juntar ao Zenit, mesmo
com possíveis ofertas de times ingleses.
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Witsel com as cores do Zenit (Foto: EPA) |
O belga ficou na Rússia até o ano de 2016, quando foi abordado pela
Juventus. A transação tinha tudo para dar certo, mas como os documentos não
chegaram a tempo, o contrato foi assinado para que a transferência do jogador
se concretizasse em 2017. Na janela em que ele deveria ir para Turim, porém, o
Tianjin Quanjian, da China, o ofereceu um salário de 18 milhões de Euros por ano,
uma oferta que ele não pôde recusar: “Foi muito difícil tomar esta decisão,
pois de um lado eu tinha um clube como a Juventus e de outro uma oferta que eu
não poderia recusar pela minha família.”.
Depois de um ano e meio na China veio a terceira colocação na Copa e o
interesse do Borussia Dortmund pelo jogador, que foi classificado pelos
técnicos da seleção belga como sendo um verdadeiro chefe em campo, que tem a
capacidade de atuar como um verdadeiro motor, de estabilizar a bola no meio
campo e de controlar o jogo.
Sendo um jogador elegante, técnico e robusto, ele tem de tudo para resolver todos os problemas do meio campo do time aurinegro
Sendo um jogador elegante, técnico e robusto, ele tem de tudo para resolver todos os problemas do meio campo do time aurinegro
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Witsel e Reus comemoram a vitória contra o Greuther Fürth (Foto: imago) |
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